Cálculo urinário



A litíase urinária, também chamada de calculo urinário, ou de forma mais popular de “pedras nos rins” é uma doença muito prevalente e que acomete tanto homens como mulheres, assim como crianças ou adultos, sendo caracterizada pela presença de pedras no aparelho urinário. Os cálculos são estruturas sólidas e são formadas pelo acúmulo e sedimentação de minerais presentes na urina dentro do aparelho urinário, sendo o tipo mais comum o de oxalato de cálcio.
 
A formação dos cálculos urinários pode estar relacionada a vários fatores, tais como: alterações metabólicas (p.ex. relacionadas à função renal e ao funcionamento da glândula paratireoide); alterações anatômicas nos órgãos do aparelho urinário (p. ex. estreitamento ureteral e crescimento da próstata); além de fatores dietéticos e hábitos de vida (p. ex. alta ingestão de sódio, de proteína animal e baixo nível de hidratação).
 
A manifestação clínica mais comum é a cólica nefrética, conhecida como “crise renal” que é a dor lombar provocada pela migração de um cálculo urinário formado nos rins através do ureter. A cólica nefrética é caracterizada por uma dor tipo cólica, ou seja tem períodos de acalmia alternando com períodos de agudização, podendo estar associado a sintomas miccionais (p.ex. ardor ao urinar e hematúria), além de sintomas gerais como náuseas e vômitos.
 
Apesar de ser uma patologia bastante prevalente a maioria dos cálculos urinários são eliminados espontaneamente, não sendo necessária a realização de nenhum procedimento médico para a retirada deles.
 
Porém, nem sempre a evolução é benigna. A presença de cálculos no trato urinário pode desencadear desordens graves, podendo inclusive acarretar a perda da função dos rins, culminando numa insuficiência renal. Outras situações observadas podem ser: sangramentos na urina, dificuldade para urinar, além de infecções urinárias, sendo esta última uma causa importante de internamento hospitalar em quadros de sepse (infecção generalizada) de foco urinário.
 
O tratamento quando indicado é realizado por um urologista e a modalidade empregada dependerá de vários fatores que devem ser avaliadas de forma individual e particularizadas, tais como: fatores inerentes ao cálculo (localização, tamanho e densidade do cálculo) e fatores inerentes ao paciente (quadro clínico, anatomia e a presença de morbidades). As modalidades de tratamento são: tratamento clínico (terapia expulsiva), através de medicamentos e o tratamento cirúrgico (p.ex. litotripsia extracorpórea, procedimentos endoscópicos e tratamentos cirúrgicos tradicionais).


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